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Você sabia que Cação e tubarão são o mesmo animal?

  • Leonardo Pinheiro
  • 2 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Os Chondrichthyes (tubarões raias e quimeras) são os mais antigos entre os animais vertebrados e, suas primeiras formas teriam surgido há mais de 420 milhões de anos. Eles são assim chamados por possuírem o seu esqueleto formado por cartilagens, ao invés de ossos, mas popularmente são chamados de peixes cartilaginosos. Uma das vantagens de possuir tal esqueleto está na mobilidade da sua mandíbula, a qual é presa por diferentes estruturas ao crânio e é capaz de ser projetar em uma grande angulação, oportunizando obter diferentes tamanhos de presa e formas de alimentação. Por serem, em grande maioria, predadores do topo da cadeia alimentar, contribuem para o equilíbrio das populações e do ecossistema marinho.

Outra curiosidade desse grupo é que, ao contrário dos demais peixes, eles não possuem bexiga natatória, mas sim grande quantidade de óleo no fígado, o que auxilia no controle da flutuabilidade, contrabalançando o peso corporal.

Os tubarões e raias (elasmobrânquios) possuem alguns atributos que os tornam suscetíveis às interações com atividades humanas. Lembra da história de não possuir ossos? Então, quem não quer comer um peixe sem se preocupar com “espinhas” e ainda uma carne que seja macia? Essas espinhas nada mais são do que os ossos e, por ter o esqueleto cartilaginoso, esses bichanos não tem espinhas! É muito comum encontrarmos nos marcados e nos cardápios de restaurantes o famoso FILÉ DE CAÇÃO, o qual é um sinônimo de tubarão - Que nem cão e cachorro -. Além disso, esses animais levam um longo tempo para atingir idade reprodutiva e, quando atingem, tem poucos filhotes. Para piorar a situação, nos anos iniciais de muitas espécies é comum se aproximar da costa, local com maior disponibilidade de alimento e também onde há grande pressão de pesca.

O Brasil é um dos países que mais captura, consome e

exporta carne de tubarões, principalmente para países asiáticos. AÍ QUE ESTÁ A CHAVE DO PROBLEMA: Por haver procura, há também a oferta e, muito disso passa pela pesca desenfreada de muitas espécies, inclusive as ameaçadas de extinção.

Das 169 espécies de Chondrichthyes avaliadas, 55 encontram-se em alguma categoria de ameaça de extinção no Brasil! O CEPSUL-ICMBio através do PAN Tubarões, a ONG Pró-squalus, Instituto Aqualung e a ONG Gepergs são algumas entidades que desenvolvem ações de pesquisa e conservação de elasmobrânquios no Brasil.

Então, repensando os hábitos alimentares você pode ajudar a reduzir as chances de que esses animais sejam extintos!

Repense, recuse, conheça e Mude o Mundo!

Referências:

POUGH, F. H., et.al. A vida dos vertebrados, 1999.

Ministério do meio ambiente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/informma/item/9154-pesca-de-tubar%C3%B5es-%C3%A9-restrita>

ICMBio/MMA. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção, 2016. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/dcom_sumario_executivo_livro_vermelho_ed_2016.pdf>

CEPSUL/ICMBio, Plano de Ação Nacional dos tubarões e raias marinhos ameaçados de extinção (PAN-Tubarões), 2016. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan-tubaroes/Sumario-pan-tubaroes-raias-site.pdf

Grupo de Estudos e Pesquisas de Elasmobrânquios do Rio Grande do Sul (GEPERGS). Publicação do Facebook. Disponível em: https://www.facebook.com/gepergs/photos/rpp.144801268996879/1092916137518716/?type=3&theater

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