Lobo-Guará: características e conservação
- Leonardo Pinheiro
- 21 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
O Lobo-Guará é uma espécie endêmica da América do Sul, habitando campos abertos entre o centro-sul do Brasil e países vizinhos, como Argentina, Paraguai e Bolívia. O aumento dos impactos humanos em sua área de distribuição faz com que o mesmo seja altamente prejudicado, tendo suas populações drasticamente reduzidas, levando à raros encontros com espécimes nos pontos mais ao sul de sua distribuição usual.
Um ambiente cujas características bióticas sejam de grande riqueza de espécies e também com altos índices de degradação, são considerados hotspots de biodiversidade, colocando esse ambiente como prioritário à conservação. Esse é o caso da área de distribuição do Lobo-Guará, visto que o Cerrado e a Mata Atlântica encontram-se com pouca cobertura original preservada, seja pela urbanização ou pelo agronegócio. Além destes fatores, há ainda grande retaliação dos indivíduos, ora por fazendeiros receosos com a presença da espécie, ora por cachorros domésticos, aumentando as taxas de mortalidade.
Indivíduo adulto e sua área de distribuição

O hábito alimentar onívoro pode ser positivo quando vive-se em um ambiente com aumento da escassez de recursos, porém o Lobo-Guará fez disso um papel ecológico mais do que importante: Um papel vital! Ao se alimentar de frutos, acaba por se tornar dispersor de sementes, contribuindo para a flora nativa e resistência das matas e campos. No estado do Rio Grande do Sul, o maior canídeo do Continente é classificado como Criticamente em perigo, em contra partida, na lista nacional de espécies ameaçadas, configura-se como Vulnerável, visto que as populações com maiores indivíduos estão concentradas em estados como Mato Grosso, Tocantins e Goiás.
A conservação da espécie não se dá unicamente em garantir a reprodução, mas também na manutenção do ambiente que vive, dos recursos locais e de intensa educação ambiental, pois preservamos aquilo que de fato conhecemos.
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